O consumidor não procura somente um produto que seja “amigo” do seu bolso. A política de preços baixos pode dar retorno a curto prazo, no entanto, há outras questões a considerar além de um produto barato.

Essa visão imediatista impede que outras alternativas sejam discutidas e executadas, nivelando o mercado por baixo. Hoje, as pessoas não estão só interessadas em um preço que se encaixe no seu orçamento, mas também na identidade da marca, no seu posicionamento nas redes sociais e no bem-estar que produz aos seus clientes.

Essa percepção tem feito muitas marcas apostarem na produção de conteúdo relevante, na presença nas internet e no posicionamento em relação a determinados temas e causas.

Ofertas são interessantes e podem fazer você comprar o mesmo produto duas vezes, porém, sem uma estratégia consistente, nada disso se sustenta. O valor de uma marca não está mais somente nos seus dígitos, mas na relação com o consumidor e no que isso afeta a vida das pessoas. Algumas coisas não têm preço.

Neste ano também vamos falar de marcas. A idade não conta muito para o consumidor e muitas conseguem fazer sucesso em poucos anos, enquanto outras demoram décadas para emplacar. Embora você não saiba, algumas das que trouxemos aqui tem idade para o ser o seu pai. Confira essa coletânea de curiosidades:

McDonalds (65 anos)

O McDonalds é uma marca direcionada ao público jovem – em especial crianças e adolescentes -, sendo conhecido mundialmente. Embora não pareça, a maior rede de alimentação ostenta já os seus 65 anos. Quando iniciou, era apenas um restaurante com bom público, no entanto, aos poucos o McDonalds foi chegando a fase adulta e começou a sua expansão. Primeiro a mudança no cardápio: saiu o churrasco e entraram os hambúrgueres. Com eles, vieram as batatas-fritas, o famoso palhaço Ronald e, em 2015, chega com muita saúde a seis décadas de vida.

Sony (69 anos)

A Sony, gigante da tecnologia e inovação japonesa, iniciou de maneira tímida em 1946, com apenas vinte trabalhadores. A união entre as mentes brilhantes de Akio Morita e Masaru Ibuka fez com que a marca se destacasse pela variedade de produtos. Da Sony surgiu o Walkman, Diskman e o famoso Playstation. Aos 69 anos, a empresa japonesa continua inovando, em busca de atualizações tecnológicas.

Apple (39 anos)

Mais jovem entre as marcas, a Apple tem apenas 39 anos e a imagem de inovação e tecnologia faz com que ela se pareça ainda mais jovem. A Apple surgiu em 1976, da união entre grandes mentes, entre elas a de Steve Jobs, que se tornou um símbolo da marca. Entre os principais produtos que revolucionaram o mundo, estão o iMac, iPod, iTunes e iPhone.

Adidas (66 anos)

A Adidas teve origem após a briga entre os irmãos Adolf e Rudolph Dassler, que, depois, criou a Puma. A fornecedora alemã iniciou os seus trabalhos em 1949, após a Segunda Guerra, e passou por algumas transformações até chegar ao famoso logo com as três listras. Aos 66 anos, a Adidas chega em 2015 apostando forte no futebol como principal vitrine.

Assim como as marcas, tem pai de todo tipo de estilo: jovial, tradicional, tecnológico, esportista… A graça está justamente na diferença entre as gerações. No entanto, o que não muda é o quão especial esse dia é para filhos e pais.  Fica aqui o nosso Feliz Dia dos Pais.

Todos os dias, empresas nascem, crescem e fecham as portas. Há diversos fatores para que isto aconteça: o mau momento econômico vivido pelo país, falta de planejamento, problemas administrativos, entre outros. Mas nem sempre as marcas desaparecem por completo. Às vezes elas continuam sendo lembradas mesmo com o passar do tempo.

O Banco Nacional marcou época por ter como garoto-propaganda o piloto de Fórmula 1 Ayrton Senna. A instituição financeira associou sua imagem à de um herói nacional. No entanto, em 1995 o Nacional entrou em processo de falência, sendo absorvido pelo Unibanco.

Outras empresas também passaram por esse processo, como a Kolynos, comprada pela Colgate. Como a marca não poderia continuar com o mesmo nome por conta de uma determinação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), acabou sendo substituída por Sorriso. A Varig e a Intelig 23 também foram vítimas de fusões e se retiraram do mercado ao serem adquiridas por Gol e TIM, respectivamente.

Entretanto, o caso mais emblemático é o da Rede Manchete, um sucesso da TV brasileira. O que nem todo mundo sabe é que a Manchete nasceu como revista, em 1953 e, impulsionada pelo dinheiro da família Bloch, em 1983 estreou na televisão. Apesar do slogan “a TV dos anos 2000”, em 1999 a emissora entrou em processo de falência e saiu do ar.

Mesmo após 15 anos do ocorrido, ela continua na memória de fãs que alimentam um site com matérias e vídeos da programação. Além disso, há uma paródia do canal no Twitter (@mancheterevista) que brinca com alguns dos fatos da época, como o impeachment do ex-presidente Fernando Collor e o tetracampeonato mundial conquistado pela Seleção Brasileira em 1994.

Algumas marcas criam uma conexão emocional tão forte com as pessoas que faz com que, mesmo após anos do seu fim, continuem a ser lembradas. E você, se lembra de alguma grande empresa que marcou época e hoje não existe mais?

Fontes: Observatório de Imprensa, Administradores

A apropriação de memórias não é algo que acontece somente com pessoas, mas também com marcas. Não é de hoje que elas investem nessa área. As empresas têm amadurecido este conceito, afinal a busca por sensações é o que justifica a nossa existência. Bons filmes, livros extraordinários, shows que nos façam rever a ideia de espetáculo. Brand experience, branding, lovemark: chame do que quiser, o importante mesmo é proporcionar algo positivo para as pessoas.

Nos últimos anos, a Skol tem crescido de maneira forte e consistente no Facebook. Isso não acontece somente pelo fato de quase todo brasileiro gostar de cerveja, mas sim porque a marca colocou em prática o brand experience, através da Skol Sensations, espaço que une arte, bem-estar, emoções e música eletrônica.

A empresa reforçou essa postura com a nova campanha “Viva Redondo”, lançada no começo deste ano. No vídeo, uma pessoa aleatória aceita um convite inesperado e acaba tendo uma experiência única: conhece Deborah Secco, luta contra Mike Tyson e ainda salta de paraquedas. A campanha ressalta a ideia de aproveitar as oportunidades que a vida oferece e aproveitar ao máximo.

Outro case interessante foi a parceria da Coca-Cola com o McDonald’s e o Twitter. O objetivo da ação era incentivar a gentileza, oferecendo uma Coca para os seus amigos. Para isso, bastava escrever um tweet citando o username do seu amigo e @CocaNoMc. Para a retirada do refrigerante, a pessoa apresenta no McDonald’s um cupom que é gerado na resposta do tweet.

Desde a infância, acumulamos memórias afetivas envolvendo marcas. O recente trabalho da Skol – e outros tantos que vemos por aí – comprova que deixar uma lembrança positiva é tão importante quanto ter a atenção do consumidor.

No entanto, para este processo funcionar é necessário que ele esteja integrado em todos os setores e espaços, seja offline ou online. “Nada adianta criar uma estratégia e utilizá-la nas redes sociais, se na loja onde o produto é disponibilizado os funcionários da companhia não praticam os mesmos métodos”, explica Max. A comunicação e a imagem da marca precisam estar alinhadas.

A Do Bem, marca de sucos que entrou no mercado em 2007, dá um belo exemplo de trabalho de branding. Além de conquistar consumidores com a proposta de um suco natural e saudável, vem angariando fãs com seu posicionamento nas redes sociais. Outro case nacional interessante é a Diletto, jovem companhia de sorvetes e picolés que cresce em ritmo acelerado por conta da qualidade do produto e a imagem que foi desenvolvida desde sua criação, em 2008.

O trabalho de comunicação em uma empresa costuma gerar bons frutos. A gestão de marca faz a diferença na hora do consumidor escolher entre o seu produto ou o da concorrência. O branding não só é possível para pequenas e médias empresas como tem sido essencial para elas se consolidarem e crescerem no mercado.