Com o crescimento do mercado editorial no Brasil, se multiplicam as feiras de livros e festivais literários pelos quatro cantos do país. E, atraindo cada vez mais olhares para este segmento, acaba atraindo-se publicidade. Até mesmo a internet, que já foi apontada como a principal inimiga dos livros, vem se mostrando uma ferramenta útil de fomentação à leitura. Mas o que acontece quando misturamos as novas mídias, publicidade e literatura?

Decodificado

Em 2011, o rapper Jay-Z lançou o livro Decoded, que traz as memórias de sua vida. Em parceira com o Bing, trezentas páginas do material foram espalhadas por diferentes partes de Nova Iorque e as pessoas podiam localizá-las através de pistas. Ele se utilizou de músicas suas e de locais e elementos de suas rimas. Numa espécie de search and reach, pessoas compartilhavam fotos e pistas nas redes sociais, criando grande interatividade e engajamento. Veja o vídeo aqui.

Ficção e sensacionalismo

Como fazer com que pessoas prefiram romances clássicos a notícias sensacionalistas? Para combater esta tendência no Equador, a Librería España e a McCann traçaram uma estratégia muito inteligente. Um jornal, aparentemente sensacionalista, trazia uma história incomum, como uma epidemia em que as pessoas ficavam cegas que estava para chegar. Neste caso, as histórias eram sempre retiradas de livros, como Ensaio sobre a Cegueira. Perto do clímax, um anúncio indicava o livro em que o leitor poderia acompanhar a conclusão da narrativa. Saiba mais aqui.

Tweet For Read

A campanha, criada pela agência brasileira Mood para a editora Penguin, tinha um objetivo bem simples: fazer com que os leitores não abandonassem os livros que começaram a ler. Como não deixar o leitor esquecer o livro que iniciara? Veja a solução encontrada, que aliou interatividade e redes sociais.Veja o vídeo aqui.

Através desses exemplos, fica claro que os três elementos trazidos aqui – literatura, publicidade e novas mídias – podem trabalhar juntos para que os livros não sejam esquecidos e continuem a ser lidos, compartilhados e discutidos, na internet ou ao vivo.

Com informações de Adnews, Blogcitários, Brainstorm 9 e Rapevolusom.

Expressões e o regionalismo costumam predominar nas obras dos escritores provenientes do sul. Dentro dos assuntos retratados pelos autores destas terras, não poderia ficar de fora a Revolução Farroupilha. Aproveitando que a data está aí, a Elefante, decidiu listar algumas obras literárias que, de forma ficcional, retratam a nossa história.

O Tempo e o Vento, talvez a maior obra literária sobre a história do Rio Grande do Sul, retrata um estado em conflito e seus desdobramentos. Neste período de 200 anos (1745-1945), Érico inicia sua narrativa no período dos padres jesuítas e se estende ao governo de Getúlio Vargas.

Embora não seja gaúcho, José de Alencar escreveu sobre a cultura de nosso estado. O Gaúcho tem no seu principal personagem Manuel Canho, homem do campo, herói da Revolução Farroupilha e grande companheiro de Bento Gonçalves. Nesta obra, Alencar, autor de O Guarani e Iracema, idealiza a imagem do gaúcho como um homem do pampa.

Os diversos contos têm em comum as características da vida no campo, costumes gaúchos e o dialeto rio-grandense, muito forte e presente no livro. Isso é visto na forma de falar de Blau Nunes, personagem principal. Conhecido pelo regionalismo, Simões Lopes Neto tem sua obra muito influenciada pela cultura gaúcha.